Ele foi discípulo de Malangatana e actualmente apenas pinta para os amigos, pois a sua profissão no ramo automóvel, deixa-lhe pouco tempo para a pintura.
Podia ser assim, mas a realidade é outra.
Ele é discípulo da vida, não pinta porque lhe falta material e tempo para o fazer, pois são os carros que lava que lhe permitem sustentar (mal) a família.
O Mateus costuma estar na rua onde moro e conheci-o num dia em que havia mais fome que trabalho. Descobri a sua veia artística depois de alguma conversa e de umas folhas e lápis oferecidos. Ajudo-o comprando algumas das pinturas e dando-lhe a esperança de que um dia terá uma exposição sua, o que nem seria díficil, se a ficção fosse a realidade.